Cidade sem Portas

Cidade sem Portas

1. Tema da Fundação

Caminho dos sonhos de ouro

De prata na terra sem lei

Pra onde caminha o tesouro

Pra onde?

Pra coroa do rei

Quem vem lá?


Tem a pele cor da lua

Tem os olhos cor do mar

Tem o corpo tão cansado

Tem que tem que descansar


Levanta uma casa casinha

Pro branco seu dono e senhor

E nasce do chão a Vilinha

De pedra madeira e suor

Quem vem lá?


rodeado pelos seus

Manoel segurando o seu chapéu

Dom João e a família pela mão

Joaquim anunciando que é o fim


- Senhor doutor Heliodoro

Eu não choro por chorar

O lugar onde eu moro

Não dá mais pra suportar


Tem mosquito pernilongo e muriçoca

Falta água

Cada casa é uma maloca

E tem um negro bem safado e assunteiro

Que me espia quando eu vou para o banheiro


Consulta o cacique da tribo

Senhor desse céu desse chão

- Pra onde se muda a Vilinha?

- Pra onde tem muito pinhão!


Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á

Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á


Nasceu a cidade na ponta da lança

À sombra da espada e da cruz

No talhe de um pelourinho

A Vila de Nossa Senhora da Luz


Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á

Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á


2. Tema do Garimpo de Ouro

Deita o braço no rio Ei-á ei-á Rio de ouro a correr Ei-á ei-á Pra coroa do rei Ei-á ei-á Pra coroa do rei De bateia na mão Ei-á ei-á Negro vai trabalhar Ei-á ei-á Tá chegando o patrão Ei-á ei-á Negro vai apanhar Deita o braço no rio Ei-á ei-á Rio de ouro a correr Ei-á ei-á Pra coroa do rei Ei-á ei-á Pra coroa do rei De bateia na mão Ei-á ei-á Negro vai trabalhar Ei-á ei-á Tá chegando o patrão Ei-á ei-á Negro vai apanhar 3. Tema do Tropeiro Ó de casa Já vou apeando Sou tropeiro dos pampas do sul Trouxe a estrada No casco do pingo Uma história de amor na viola Um fandango na ponta do pé Os homens de couro Partiram do sul Nos rumos do norte Deitaram a andar Trouxeram a estrada No rastro da tropa A história bonita No som da viola Trouxeram progresso Aos Campos Gerais

4. Tema do Engenho de Mate

Engenho velho ê Moenda Engenho velho ê Doendo Engenho velho ê Engenho

Cidade Sem Portas

Capa do Programa da peça musical “Cidade Sem Portas”, de Adherbal Fortes e Paulo Vitola, com direção de Sale Wolokita, encenada no Teatro Paiol em 1972 e, no ano seguinte, em todos os bairros de Curitiba.

Na foto da capa, os atores Laís Mann e Sale Wolokita, que encabeçavam o elenco da primeira montagem da peça, no Teatro do Paiol, em 1972.
Em cima: os autores, Paulo Vitola e Adherbal Fortes de Sá Jr; os músicos, Alaor (flauta), Boião (contrabaixo), Fábio Molteni e Amaury Lustosa (vocal Opus 4). No meio: o diretor e ator Sale Wolokita, a atriz e cantora Helô Chiminazzo, o baterista João Chiminazzo, José Molteni (vocal Opus 4) e a atriz e cantora Laís Mann. Na frente: os atores Sérgio Busnardo, Idelson Santos e Albener Amós e Sérgio Molteni (vocal Opus 4). Segunda temporada da peça “Cidade Sem Portas”, no Teatro do Paiol, em março de 1973.

Cidade Sem Portas

1. Tema da Fundação

Caminho dos sonhos de ouro

De prata na terra sem lei

Pra onde caminha o tesouro

Pra onde?

Pra coroa do rei

Quem vem lá?

Tem a pele cor da lua

Tem os olhos cor do mar

Tem o corpo tão cansado

Tem que tem que descansar

Levanta uma casa casinha

Pro branco seu dono e senhor

E nasce do chão a Vilinha

De pedra madeira e suor

Quem vem lá?

Seu Mateus rodeado pelos seus

Manoel segurando o seu chapéu

Dom João e a família pela mão

Joaquim anunciando que é o fim

– Senhor doutor Heliodoro

Eu não choro por chorar

O lugar onde eu moro

Não dá mais pra suportar

Tem mosquito pernilongo e muriçoca

Falta água

Cada casa é uma maloca

E tem um negro bem safado e assunteiro

Que me espia quando eu vou para o banheiro

Consulta o cacique da tribo

Senhor desse céu desse chão

– Pra onde se muda a Vilinha?

– Pra onde tem muito pinhão!

Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á

Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á

Nasceu a cidade na ponta da lança

À sombra da espada e da cruz

No talhe de um pelourinho

A Vila de Nossa Senhora da Luz

Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á

Ê ê ê Coré Etuba ê

Ê ê ê Coré Etuba ê-á


2. Tema do Garimpo de Ouro

Deita o braço no rio

Ei-á ei-á

Rio de ouro a correr

Ei-á ei-á

Pra coroa do rei

Ei-á ei-á

Pra coroa do rei

De bateia na mão

Ei-á ei-á

Negro vai trabalhar

Ei-á ei-á

Tá chegando o patrão

Ei-á ei-á

Negro vai apanhar

Deita o braço no rio

Ei-á ei-á

Rio de ouro a correr

Ei-á ei-á

Pra coroa do rei

Ei-á ei-á

Pra coroa do rei

De bateia na mão

Ei-á ei-á

Negro vai trabalhar

Ei-á ei-á

Tá chegando o patrão

Ei-á ei-á

Negro vai apanhar

 

 


 

3. Tema do Tropeiro

Ó de casa

Já vou apeando

Sou tropeiro dos pampas do sul

Trouxe a estrada

No casco do pingo

Uma história de amor na viola

Um fandango na ponta do pé

Os homens de couro

Partiram do sul

Nos rumos do norte

Deitaram a andar

Trouxeram a estrada

No rastro da tropa

A história bonita

No som da viola

Trouxeram progresso

Aos Campos Gerais

 

 


 

4. Tema do Engenho de Mate

Engenho velho ê

Moenda

Engenho velho ê

Doendo

Engenho velho ê

Engenho

 

 


 

5. Tema da Serraria

Serra serra serraria

Tem pinheiro a dar com o pé

Tem peroba bracatinga

Tem imbúia araribá

Chibatão soita cavalo

Caviúna catiguá

Alecrim canela grande

Copaíba ipê assu

Serra serra serraria

Tem madeira que Deus dá

Serra serra serraria

Tem madeira pra serrar

Serra serra serraria

Tem madeira que Deus dá

Serra serra serraria

Cadê estrada pra levar?

 

 


 

6. Tema dos Escravos

 

Sou gente como você

Meu sinhô

Todos nós somos iguais

Meu sinhô

Mas meu braço é que trabalha

Sinhô

Pro seu braço descansar

Mas meu braço ganha o ouro

Sinhô

Pros vestidos da sinhá

Sou gente como você

Meu sinhô

Todos nós somos iguais

Meu sinhô

Mas meu corpo não é meu

Meu sinhô

Nem é meu o meu pensar

Mas meu filho não é meu

Meu sinhô

Nem é meu esse lugar

O que eu peço é liberdade

Pra poder olhar o céu

Do jeito que eu sei olhar

Pra escolher o meu caminho

Pra escolher o meu lugar

O que eu peço é liberdade

E por ela eu vou lutar

 

 

 


 

 

7. Tema da Abolição da Escravatura

Venho do Congo irmão

Negro na sina e na cor

Vim cantar pra você capitão

Vim mostrar o meu valor

Minha mão será liberta

O meu canto vai vencer

Abra a roda

Deixe a aberta

Dance meu sambalelê

Meu sambalelê ê ê

Meu sambalelê ê ê

Meu irmão veio de Angola

E a roda vai crescer

Bate a mão bate o pé e rebola

Sinhá

Té o dia amanhecer

Vem chegando na umbigada

Sinhá

Que o batuque vai ferver

Batuque fervendo ê ê

Batuque fervendo ê ê

 


8. Seresta, Sarau e Novena

Cidade alegre e pequena

Seresta sarau e novena

Sem luz sem água encanada

Portão jardim e sacada

Cidade sem telefone

De gente que tinha nome

E o bonde das onze e meia

Dormia na lua cheia

E o bonde das onze e meia

Dormia na lua cheia

Cidade que mal sabia

Do dia em que chegaria

No meio da cerração

A grande transformação

Nós somos os viajantes

Da Casa Costa Pereira

Trazemos as malas cheias

De tudo quanto ser queira

Da Casa Costa Pacheco

Somos nós a concorrente

As malas cheias trazemos

Do melhor é evidente

 


9. Tema da Cidade Sem Portas

Ah minha Rua das Flores

Meu sonho

A gente fazendo cordão

Rua do Jogo da Bola

Meu samba

A gente abrindo o portão

Uma cidade sem portas

Pra guardar meu coração


10. Tema da Boca Maldita

Pode ser gente bem

Pode ser

Pode ser gente boa

Na Boca não tem pode ser não

Pois a Boca não perdoa

A Boca falou seu doutor

Tá falado sim senhor

A Boca pichou seu doutor

Tá pichado

 

Sérgio Busnardo

Laís Mann

Helô Chiminazzo

José Roberto Oliva

Átila

Sale Wolokita

Idelson Santos

Elizabeth Destéfanis
Alguns dos atores que participaram da peça “Cidade sem Portas”

11. Tema do Imposto de Renda

Maria descobriu que João

Sonegou o amor devido

Amor da sua vida

Passou recibo de carinho

Pra outra Maria e não declarou

Aplicou os seus motivos

Em novos incentivos

E não deduziu do seu rosto

A mancha de batom

Nem descontou do seu peito

O jeito de sempre voltar

Mas a fonte secou seu João

Você está isento de perdão

 


12. Tema da Cidade Pequena

A cidade pequena e alegre

Era grande demais pra José

Foi só por não saber que Maria pertencia

Ao Grêmio Buquê

E gostava só de Giovanni italiano

Sem piano razão ou por quê

Só por não se saber maragato

Por ter ido ao Cassino uma vez

Não podia gostar de Maria

Nem podia fazer o que fez

E nos olhos o baile girava

Tropeçando nos claros da lua

Misturando o compasso da valsa

Ao som novo que vinha da rua

 


13. Chucrute, Abacaxi com Vinavuste

Signore

sivuplé

me dá um chops

tindobre panhe

vou até

pedir rollmops

se a south

colabora

tutto il mondo

vai pro ahu

kaput

gudibai

ai loviu

muchacha

ragazzina

ninguém bucha

que eu taco

gasolina

na babucha

chucrute

abacaxi

com vinavuste

são coisas

que só Curitba

enruste

 

Publicado na coluna “Balas perdidas” assinada por Solda e Paulo Vitola no jornal O Estado do Paraná.

14. Tema da Fotografia

Pelo flash do José fotógrafo eu vi

Que o tempo mudava depressa eu vi

A cidade crescendo alegre

Aos olhos do mundo

Do tempo

Da nova manhã

Uma cidade sem portas

Pra guardar meu coração

 

 


 

15. Ford de Bigode

 

A vida moderna já grita,

se agita num Ford de Bigode.

Quem pode, domingo,

dá uma esticada na Ilha do Mel

ou futebol.

À noite, tem cena no Smart Cinema.

No Curitibano, um sarau pra você.

E a vida moderna

nos olhos da moça do Grêmio Buquê.

Vamos tomar um café,

a conversa está boa,

e ouvir fox-trote na PRB-2.

E depois, olhar o sol

do último andar do Garcez,

caindo pra lá das Mercês,

cobrindo o pinheiro de luz.

Curitiba, menina, mocinha, mulher,

se Deus quiser, esse tempo não passa

nos olhos da moça,

não passa mais não.

Publicado na coluna “Balas Perdidas” assinada por Solda e Paulo Vitola no jornal O Estado do Paraná.

 

16. Tema para Curitiba

Curitiba você meu chamego

Meu chão

Meu sossego café e matinê

Pode saber

Que meu sonho viaja

Nas suas calçadas de petipavê

Me enrosquei em você

Nos babados desta saia

Pelo fio de minha raia

Me enrosquei pode crer

Pode saber

Curitiba você meu trabalho

Meu pão

Agasalho meu jeito de ser

Pode saber

Que meu canto se embala

No bonde amarelo

Estação-Juvevê

Me enrosquei em você

Pelo fio do meu pião

Enrosquei pra sempre

O meu coração

 

 

 

 


 

 

17. Valsa da Cidade Sem Portas

Gente do mundo inteiro

Gente feliz

Um novo dia vai nascer

Nas cores do amanhecer

Agora agora

Vamos fazer o tempo de amor e paz

Com o braço com o coração

Com alegria meu irmão

Cantando cantando

A flauta de prata já soou

O sino está chamando irmão

No meio do tempo

No meio da rua

Vamos fazer o cordão

Com o braço e o coração

Cantando cantando

O dia que vem

 

 

 

 

 

 


 

 

A Vingança do Cacique

Paulo Vitola

No relato da viagem que fez a Curitiba em 1820, Saint-Hilaire já notara que a cidade havia sido “construída numa das partes mais baixas de uma vasta planície ondulada”. Conta a lenda que o lugar foi escolhido no século XVII pelo cacique Tingüi, o então manda-chuva dos pinheirais.

Depois de insistentemente assediado pelos brancos, que desejavam mudar das margens do Rio Atuba para um lugar melhor, o chefe Tingüi resolveu ceder parte de suas terras para a povoação. Veio acompanhado dos brancos até o ponto onde hoje é a Praça Tiradentes e, fincando no chão a sua lança, disse a famosa e enigmática frase “Táki-Kéva” (“É aqui!”) – e foi-se embora.

Os povoadores confiaram cegamente na visão urbanística do cacique, tanto é que foram erguendo suas casas em torno daquele ponto. Quando perceberam que haviam dado com os burros n’água, já era tarde para mudar de idéia. E cá estamos nós, até hoje, convivendo com estas chuvas seguidas de enchentes, como as ocorridas durante a semana.

Sim, prezado leitor, pois embora as aparências não revelem, boa parte da Capital está solidamente assentada sobre o brejo. Em muitas de suas memórias, minha avó referia-se aos charcos que havia onde hoje é a Praça Osório, o Passeio Público e o Círculo Militar, os bairros do Batel e da Água Verde.

Eu mesmo, em minha infância, cansei de fazer expedições de caça aos girinos no banhadão da Coronel Dulcídio e do lugar atualmente conhecido como Praça Espanha.

É verdade, sou do tempo em que esta metrópole dormia embalada pela voz de milhares, talvez milhões, de sapos. Eram vozes de diferentes tonalidades e extensões que, mal caía a tarde, erguiam-se do fundo dos quintais, das beiras de rio e, sobretudo, dos 1.532 banhados que se estendiam da Barreirinha ao Portão, do Boqueirão à Campina do Siqueira.

Era um coral pra ninguém botar defeito. Do baixo profundo ao castrato, não havia timbre que faltasse àquela noturna serenata. Não pense o leitor que se tratava de um coaxar qualquer, moderno concerto aleatório: a cantoria tinha uma certa organização.
Além das vozes, era possível perceber um ritmo e, de tempos em tempos, o coro silenciava. Era a deixa para o naipe dos grilos – pausa tão reconfortante quanto breve, pois logo voltava a falar mais alto o vozerio da saparia. Lá pelo terceiro movimento, a cidade inteira estava mergulhada em sono profundo.

Os motores do progresso trouxeram outros ruídos para as nossas noites, os rios sumiram debaixo das ruas, os edifícios e praças encobriram os charcos e alagadiços, os sapos migraram para a periferia.

Mas a cidade continua no mesmo lugar, indicado pelo cacique como ideal para a sua construção há mais de 300 anos. Quer dizer, no lugar mais indicado para as maravilhas da vida anfíbia.

Pensando bem nas razões que o fizeram recomendar tão disparatada localização para a moradia dos invasores, das duas, uma: ou creditamos tal escolha à ignorância do chefe Tingüi na matéria, ou à sua astúcia em providenciar tão duradoura vingança.

 

Publicado na coluna “Chope Duplo” assinada por Paulo Vitola e César Marchesini no jornal o Estado do Paraná.

Cidade sem Portas – Ficha Técnica – CD 1

1. Cidade Sem Portas (Vitola)

2. Tema para Curitiba (Vitola)

3. Chucrute Abacaxi com Vinavuste (Vitola)

4. Valsa da Cidade Sem Portas (Vitola)

José Molteni Filho, Amauri Lustosa, Fábio
e Sérgio Molteni: Vocal Opus 4

José Molteni Filho: Arranjos Vocais

Magro (MPB-4): Arranjos Instrumentais

Milton (MPB-4): Violão

Boto: Bateria

Nilson: Baixo

Pedro Sorongo: Ritmo

Jadir de Castro: Tumbadora

Carlos Rato e Jaime Araújo: Flauta

Cachimbinho e Zé Bodega: Clarinete

Direção de Produção: Aramis Millarch

Assistente de Direção: Paulo Vitola

Técnico de Gravação: Norival Reis

Estúdio de Gravação: HAWAY – Guanabara

Prensagem e Edição: Companhia Industrial
de Discos – Guanabara

Data de Gravação: 19 de março de 1973
(9h30 – 20h)

 

Cidade da Gente – Ficha Técnica – CD 1

5. Era uma vez (Gallera / Vitola)

Ângela Molteni, Fábio Molteni, Marinho Gallera, Selma Baptista, Paulo Cézar Botas, Reinaldo Godinho: Coro

Milton Ribeiro: Piano Rodhes

Dino Cardoso: Guitarra

Mauro Bermudes, Marlon Passos,
Silvanira Bermudes: Violino

Dalton Scheidt, Geraldo Elias: Trompete

Cloves Candall (Kuko): Baixo

José Gomes: Bateria

Carlos Freitas, Hélio Santana, Marinho Gallera: Percussão

Marinho Gallera e Aquarius Band:
Arranjo de Base

Lindolpho Gomes Gaya:
Arranjo de Cordas e Sopros

 

6. Coré Etuba (Gallera / Vitola)

Paulo Cézar Botas: Voz

Ângela Molteni, Fábio Molteni, Marinho
Gallera, Selma Baptista, Reinaldo Godinho: Coro

Ivan Graciano: Acordeon

Dino Cardoso: Violão

 

7. Periquito da sorte (Gallera / Vitola)

Paulo Vitola, Marinho Gallera, Selma Baptista: Voz

Ângela Molteni, Marinho Gallera,
Selma Baptista, Reinaldo Godinho, Mônica Castro: Coro

Milton Ribeiro: Piano Rodhes / teclados

Dino Cardoso: Guitarra / GR500

Cloves Candall (Kuko): Baixo

José Gomes: Bateria

Marinho Gallera e Aquarius Band: Arranjo

8. Garimpo (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera: Voz e Violão

Dino Cardoso: Guitarra

Ivan Graciano: Acordeon

José Gomes: Bateria

Carlos Freitas, Marinho Gallera: Percussão

Marinho Gallera: Arranjo

 

9. Ó de casa (Vitola)

Paulo Vitola, Paulo Cézar Botas, Marinho Gallera: Voz

Marinho Gallera: Violão

Heney Souza Jr: Viola

Fernando Thá Filho: Oboé

Carlos Freitas, Marinho Gallera: Percussão

Marinho Gallera, Reinaldo Godinho: Arranjo

 

10. Pousada (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera: Voz e Violão

Sérgio Bianchi: Viola

 

11. Não passe dos limites (Gallera / Vitola)

Paulo Vitola: Voz

Hilton Alice: Piano

Marinho Gallera: Violão

Dino Cardoso: Guitarra

Cloves Candall (Kuko): Baixo

Hélio Brandão: Sax Alto

José Gomes: Bateria

12. Choro de Rua (Gallera / Vitola)

Paulo Vitola, Marinho Gallera, Ângela Molteni, Selma Baptista: Voz

Lindolpho Gomes Gaya: Piano Rodhes

Dino Cardoso: Violão

Mauro Ramos Bermudes, Marlon Passos,
Silvanira Bermudes: Violino

Cloves Candall (Kuko): Baixo

Péricles Varella Gomes: Cello

Zélia Moreira Brandão: Flauta

Carlos Freitas: Bateria

Lindolpho Gomes Gaya: Arranjo

 

13. Mate Socado (Gallera / Vitola)

Paulo Vitola, Marinho Gallera, Paulo Cézar Botas: Voz

Dino Cardoso, Marinho Gallera: Violão

Cloves Candall (Kuko): Baixo

José Gomes: Bateria

Lindolpho Gomes Gaya, Carlos Freitas,
Paulo Vitola, Paulo Cézar Botas, Marinho Gallera: Palmas

Marinho Gallera: Arranjo

 

14. Serraria (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera, Paulo Vitola: Voz

Marinho Gallera: Violão e Viola Caipira

Ivan Graciano: Acordeon

Sy Barreto: Baixo

Carlos Freitas: Bateria e Percussão

Marinho Gallera: Arranjo

 

15. Seresta, Sarau e Novena (Vitola)

Marinho Gallera: Voz

Ângela Molteni, Fábio Molteni, Marinho Gallera, Paulo Vitola, Selma Baptista, Reinaldo Godinho: Coro

Hilton Alice: Piano

Luiz Pedro Krul: Flauta

Carlos Freitas: Bateria

Hilton Alice: Arranjo

 

16. Ford de Bigode (Vitola)

Paulo Vitola: Voz

Lindolpho Gomes Gaya: Piano Rodhes

Sérgio Bianchi: Violão / GR500

Mauro Ramos Bermudes, Marlon Passos,
Silvanira Bermudes: Violino

Péricles Varella Gomes: Cello

Cloves Candall (Kuko): Baixo

Dalton Scheidt, Geraldo Elias: Trompete

Carlos Freitas: Bateria

Lindolpho Gomes Gaya: Arranjo

 

17. Gelo Crystal (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera, Paulo Vitola: Voz

Milton Ribeiro: Piano Rodhes

Dino Cardoso: Guitarra / GR500

Cloves Candall (Kuko): Baixo

José Gomes: Bateria

Carlos Freitas, Hélio Santana, Marinho Gallera: Percussão

Marinho Gallera e Aquarius Band: Arranjo

 

18. Ave de Arribação (Gallera / Vitola)

Paulo Cézar Botas: Voz

Lindolpho Gomes Gaya: Piano e Arranjo

 

19. Violeta, pula (Vitola)

Ângela Molteni, Fábio Molteni, Selma Baptista e Amauri Lustosa: Vocal Opus 4

Fábio Molteni: Violão

Ângela Molteni: Arranjo

 

20. Cidade da Gente (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera, Paulo Vitola: Voz

Ângela Molteni, Fábio Molteni, Marinho Gallera, Paulo Vitola, Selma Baptista: Coro

Lindolpho Gomes Gaya: Piano

Dino Cardoso: Guitarra

Sérgio Bianchi: GR500

Cloves Candall (Kuko): Baixo

Orlando Comandulli: Sax Tenor

Hélio Brandão: Saxes Alto e Soprano

Geraldo Elias: Trompete

Carlos Freitas, Marinho Gallera: Percussão

Lindolpho Gomes Gaya: Arranjo

 

21. Samba do Passeio (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera: Voz

Lindolpho Gomes Gaya: Piano Rodhes

Dino Cardoso: Violão

Cloves Candall (Kuko): Baixo

Ernesto Cordeiro: Clarinete

Geraldo Elias: Trompete

Luiz Pedro Krul: Flauta

Orlando Comandulli: Sax Tenor

Carlos Freitas: Bateria e Percussão

Lindolpho Gomes Gaya: Arranjo

 

22. Polaca Pixaim (Gallera / Vitola)

Marinho Gallera: Voz

Ângela Molteni, Fábio Molteni, Marinho Gallera, Paulo Vitola, Selma Baptista, Reinaldo Godinho: Coro

Hilton Alice: Piano

Marinho Gallera: Violão

Janguito do Rosário: Cavaquinho

Nelson Gonçalves: Baixo

Osnildo Villain, Paulo Teixeira,
Heney de Souza Jr.: Guitarra

Carlos Freitas: Bateria

Carlos Freitas, Marinho Gallera: Percussão

Participação da Lyra Curitibana sob a batuta
de Mestre Laiter

Paulo Vitola: Coordenação Geral

Marinho Gallera: Produção e Direção Musical

Carlos Freitas: Mixagem

Gravação original analógica realizada
em 16 canais nos Estúdios Sir Laboratório
de Imagem e Som, em Curitiba,
entre 1981 e 1982.
Edição em LP duplo em 1983.

Pré-masterização e edição em DAT executada por Gláucio Groff nos Estúdios Trilhas Urbanas, em Curitiba, dezembro de 1995.
Edição em CD em 1996.